quinta-feira, outubro 04, 2007

A bicicleta

O Pastor e Professor Martin Weingaertner (Director da Faculdade de Teologia Evangélica em Curitiba), deu-nos o privilégio de partilhar uma mensagem da parte de Deus na Igreja que frequento, no passado domingo, 30 de Setembro.
Este excelente comunicador e amante das Escrituras partilhou uma mensagem relevante e profunda usando como ilustração uma… bicicleta!

Através dela ensinou-nos seis lições:
1. Tal como uma bicicleta não é construída sozinha, ninguém é fruto do acaso. Somos criaturas de Deus.
2. Tal como uma bicicleta não tem equilíbrio em si mesma, o ser humano precisa do equilíbrio de Deus para vencer as tentações (I Cor.10:12,13).
3. Tal como uma bicicleta não se guia sozinha, precisamos de deixar-nos guiar por Deus.
4. Tal como uma bicicleta foi feita para atravessar caminhos estreitos, o cristão também tem um caminho estreito para atravessar, o do amor abnegado.
5. Tal como uma bicicleta recebe a força do ciclista, o cristão recebe a força do Senhor (Col.1:10,11)
6. Tal como uma bicicleta não foi feita para andar para trás, o cristão foi feito para andar para a frente não olhando para trás.

Já há algum tempo que pensava em comprar uma bicicleta para fazer exercício. Agora, quando estiver a andar nela poderei reflectir nesta mensagem e na minha vida como cristão.

14 comentários:

Anónimo disse...

Caro professor

Permita-me em primeiro lugar ironizar com o privilégio que é partilhar uma mensagem da parte de “Deus”, pelo facto de continuarmos sem saber se essa mensagem terá sido transmitida a esse excelente comunicador por e-mail, fax ou sussurrada ao ouvido.

Sou daqueles que subscrevem a ideia de que “acreditar em algo com base na fé, é acreditar em algo sem ter razões que estabeleçam a sua verdade”.
Mesmo assim, acredito que a aceitação da autoridade do testemunho alheio – sem provas e sem questionar –, seja uma opção ou um direito que lhe assiste, e como cidadão livre (?) que é, tem todo o direito em escolher aquilo em que deve acreditar.

Mas essa tal “mensagem” não será antes uma introdução ao “criacionismo”?
Ao contrário da ciência – que explica a nossa existência através da evolução –, o “criacionismo teima em garantir (?) que fomos aqui postos por um “qualquer” ser superior… que nos guia, equilibra e orienta.
Mais surpreendente ainda é o ponto 6… porque razão, não deveremos olhar para trás? O que haverá de tão negativo que deveremos ignorar? Que devemos temer?
Sempre ouvi dizer que devemos aprender com os erros do passado…

Demo

Vitor Mota disse...

Caro Demo:

1. as mensagens da parte de Deus são extraídas da Bíblia.
2. é falso que acreditar am algo com base na fé é acreditar sem razões. A fé também pensa.
3. efectivamente o ponto 1 é uma alusão ao criacionismo. Talvez para o entender melhor possa ler a Comunicação apresentada pelo Prof. Dr. Jónatas Machado na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa sobre o tema Darwinismo v. Criacionismo intitulada O Paradigma Naturalista. Ver em: http://www.portalevangelico.pt/noticia.asp?id=3260

4. quanto ao ponto 6, concordo que está pouco desenvolvido o que faz com que apenas quem está dentro do contexto bíblico o entenda adequadamente.

VM

PDivulg disse...

Gostei da comparação... Permite-me esta "chalaça" é que comprei uma bicicleta estática, farto-me de pedalar mas não anda para a frente... hehe!...

Anónimo disse...

Caro Professor

Permita-me, como prefácio, apelar ao seu bom senso e compreensão pela extensão do meu comentário… mas de outra forma dificilmente conseguiria expor o meu raciocínio e refutar os seus argumentos.

1. Um dos fascínios da religião assenta também neste tipo de justificações informais e pouco racionais, repetidas e/ou balbuciadas de forma tímida e estereotipada.
A bíblia não contém qualquer mensagem nem será um “ditado” de “Deus”, pois nunca ninguém terá chegado á fala com “Ele”. Quanto muito, e em sentido figurado – tendo em conta a sua condição de crente –, será a palavra de “Deus” por palavras do homem. [… para aqueles que “acreditam”, e por mera cortesia…]
Na realidade, a “bíblia” será apenas uma colectânea de textos – incompletos, censurados e corrigidos –, extraídos de quatro (4) evangelhos (canónicos) que por conveniência terão sido considerados … [outros foram propositadamente ignorados (apócrifos), embora com valores tão válidos quanto os primeiros.]
Sem querer alongar-me, acredito que estes “evangelhos” sejam motivo de preocupações (de vária ordem) para as “doutrinas” e seus acólitos.
Num exemplo – evangelho de Tomé –, e citando, Jesus terá dito “… não construam uma igreja encima do meu nome…” enquanto por outro lado, pela “bíblia” diz a Pedro que seja a base da sua igreja…

2. “… Acreditar em algo com base na fé é acreditar em algo sem ter razões que estabeleçam a sua verdade …”.
A simples razão de saber se “Deus” existe não é susceptível de discussão racional por ser uma questão de fé. Sendo a fé uma crença com elevado grau de convicção na verdade de uma afirmação… mas sem provas que confirmem essa convicção, e mesmo perante provas contraditórias.
Deixando a “filosofia” de lado, que razões ou provas podemos ter que garantam a existência de “Deus”? A única razão será “acreditar” na autoridade do testemunho alheio… naquilo que terá sido escrito no passado (a bíblia) ou naquele que lhe incute o “vírus” da fé (o “pastor”) – sendo a fonte do conhecimento, (deste) a mesma que a sua.
Como tal, poderá dizer-se que a fé ao estar alicerçada na autoridade do testemunho alheio será um inibidor que impedindo-nos de esgrimir uma argumentação racional obriga-nos a recorrer á intolerância e violência na defesa da interpretação literal das “escrituras”…
A fé não pensa – pelo contrário –, é escrava da intolerância, corrói a própria possibilidade da discussão de ideias… pela fé inviabiliza-se o que é racional bem como o pensamento livre e isento.

3. O criacionismo não é mais do que a tentativa de alguns fundamentalistas disfarçarem os seus propósitos religiosos sob uma capa de pseudo-ciência, de modo a “imporem” – á força, sem provas e de qualquer maneira –, a existência de um “Deus”, pelo facto de a ciência explicar cada vez mais o que antigamente “explicava” a religião. É a tentativa desesperada de manipulação dos fracos de espírito. Criacionismo é sair da esfera do autismo e cair no quadrado do ridículo.
Questionar a “evolução” – mais do que uma estupidez –, é sem dúvida um delírio de uma mente anoréctica e leviana, próprio de seres geneticamente incapazes de sentir alegrias. Afirmar que a ciência não explica tudo e não apresentar provas concretas refugiando-se no “génesis”, mais do que um caso psiquiátrico é o paradigma da estupidez ou a negação da evidência (apanágio das religiões).
Miichael Behe, uma das figuras mais proeminentes (senão a mais proeminente) do “Inteligent Designer” aceita (no seu último livro) não só as principais conclusões do evolucionismo – em particular a partilha de um ancestral comum com os outros primatas, bem como a selecção natural –, mas também desdenha como “patetas” os que lêem a “bíblia” com um livro da ciência.
Acreditar que a história da humanidade resume-se a apenas 6000 anos é uma aberração patente no espírito do museu criacionista e desmistificada á entrada, na forma de aviso: [“… Não pense, escute somente e acredite …”]
Quanto ao Dr. Jonas – e os seus delírios fundamentalistas que teimam em privilegiar a ignorância –, é a prova de que um doutoramento em “direito” não será uma vacina contra a insanidade. Refugiar-se num “Deus fez isso”, não é mais do que uma admissão de ignorância e embuste travestida de explicação.
Acreditar que a geologia da Terra terá ficado a dever-se ao dilúvio é uma barbaridade do tamanho do mundo… Seria interessante o esclarecimento sobre o modo como os vírus e as bactérias terão sido acomodados na “arca de Noé”, se é que viajaram! Se terão viajado aos casais? Ou em que consistia a sua dieta?

4. “… o que faz com que apenas quem está dentro do contexto bíblico o entenda adequadamente …”
A isto chamo fragilidade dos crentes… varrer o lixo para debaixo do tapete.
O professor limita-se á doutrina sem constatar as evidências que estabeleçam a verdade, permitindo que o “génese da religião” – o medo, a ignorância e a impotência –, o induzam a acreditar em algo que será suposto existir, mesmo que – como diria Orígenes –, em algo puramente imaterial.

Segundo Lucrécio “o medo criou os deuses”. O antídoto contra o medo é o conhecimento… porque o conhecimento liberta.

Permita-me terminar com uma citação filosófica
“… O homem crente é necessariamente um homem dependente… ele não pertence a si mesmo, mas ao autor da ideia em que ele acredita. …”
“Nietzsche”

Saudações

Anónimo disse...

Apenas para dizer que o ensino do "criacionismo" nas escolas foi rejeitado pelo Conselho da Europa.

http://assembly.coe.int/Main.asp?link=/Documents/AdoptedText/ta07/ERES1580.htm

Vitor Mota disse...

Caro Demo,

1. Lamento que na sua argumentação não tenha evitado o uso de certas expressões pouco dignas de uma argumentação saudável. Acusar os cristãos de terem a doença viral da fé, que recorrem à intolerância e à violência para defenderem as suas convicções, que quem defende outra posição diferente de uma suposta maioria é “uma estupidez… um delírio de uma mente anoréctica e leviana, próprio de seres geneticamente incapazes de sentir alegrias”, ou finalmente de acusar de insanidade alguém que não está aqui para se defender, com provas dadas perante os seus pares, e que escreve de forma racional, é sem dúvida, isso sim, uma extrema falta de tolerância.

2. Admito que haja pessoas que acreditam no criacionismo com base na sua fé apenas. Talvez para esses, aquela citação do referido museu, e com a qual discordo, seja apropriada. No entanto não poderá nunca afirmar que todos os cristãos não pensam nestas questões e que não têm argumentos racionais que contradizem a evolução. Se assim pensa está a achar-se superior, mais sábio e conhecedor do que inúmeros cientistas para os quais muitos dos argumentos da evolução não fazem sentido. Será que todos os evolucionistas também estão a pensar ou só estão a preferir optar pela resposta mais fácil e contrária a tudo aquilo que possa ter ligação com o divino?

Anónimo disse...

Caro Professor

“Se não tivermos a certeza absoluta de algo, então tenhamos a coragem suficiente para duvidar desse algo.” Emmanuel Kant

Tornou-se vulgar entre os crentes – quando confrontados com novas realidades contraditórias –, recorrerem em sua defesa a uma argumentação falaciosa, optando como arma de arremesso, pela via do “argumentum ad hominem”. Optar pelo ataque ao autor do argumento em vez de atacar o argumento apresentado é a tentativa de manipular a argumentação de forma a direccioná-la, por conveniência, para longe do abismo.

1. Considero que a fé seja um inibidor para os crentes (porquê só para os cristãos? Algum ateísmo para com outros deuses?) – e não um “vírus” como insinua (a palavra vírus está entre aspas e deverá ser interpretado em sentido figurado) –, o que é superiormente confirmado pela sua atitude. Na defesa da sua crença e perante factos comprometedores que contrariam a autoridade do testemunho do seu “mentor” você, ignorando o racionalismo – que o levaria a pensar e encontrar respostas –, reage por impulso de pura intolerância e desfere como forma de violência (verbal neste caso) um ataque recorrendo á falácia ou argumento incorrecto que poderia convencer pessoas. E assim se evitou argumentar sobre religião.

2. Na minha opinião a religião não passa de uma ilusão colectiva, e o crente não é crente por ter nascido crente mas sim por passar a ver pela fé, fechando os olhos á razão.

3. Considero o “criacionismo” uma fraude, uma atitude fundamentalista com o objectivo de impor a existência de um “deus” e a pretensão de transformar a sociedade em estado submisso.
Os delírios criacionistas além de serem uma pérola redonda da exegese evangélica adoptam uma atitude de negação perante tudo o que foi provado sobre a evolução, que lembra claramente a mesma forma de negação adoptada pela igreja sobre a posição da Terra no Universo e respectiva forma. Só uma mente perversa poderá privilegiar a ignorância.

O Criacionismo é a negação da ciência, como tal da evidência (apanágio das religiões).
É lamentável e preocupante que alguns (fundamentalistas religiosos) querem fazer passar a ideia terrível de que tudo é aceitável e de igual valor.
Na ciência não há certezas absolutas porque tudo está em mutação e a ser constantemente testado, provado e aprovado pelos pares, numa óptica de tentativa e erro.
A religião já entendeu que as respostas científicas vão aparecendo e será tudo uma questão de tempo até chegarmos ao limite de desmontar as religiões e provar que não passam de histórias de embalar adultos.

Saudações

Vitor Mota disse...

Foi o senhor que atacou o autor dos argumentos e não o próprio argumento. Será que não tem a humildade para reconhecer isso e, pelo contrário, acusa os cristãos de fazerem aquilo que fez?

Afinal qual é o argumento do qual tem a certeza absoluta que comprove sem dúvida o evolucionismo e que não lhe permita duvidar da teoria?

Apesar dos seus imensos conhecimentos, porque não consegue aceitar que também há pontos duvidosos? Ou será que, para tudo, menos para o evolucionismo não há possibilidade de duvidar?

O senhor tem muitos preconceitos errados acerca dos cristãos e da fé. Não sei qual a razão. Mas afirmo-lhe que eu e muitos, não se revêem nas suas acusações.

Também continuamos serenamente à espera do desmontar das religiões. Esse dia vai chegar, a própria Bíblia o menciona. No entanto esse tempo também trará a revelação de quem está acima das religiões e mesmo da ciência.

Se quer que eu duvide do cristianismo (e da criação), também tem de duvidar do ateísmo (e da evolução). E se vai novamente apresentar como argumento a base de sustentação de cada um, apenas validando a sua, não estará a ser coerente.

Anónimo disse...

Há duas formas de olhar o mundo – através da fé e superstição ou através do rigor da lógica, observação e evidência, por outras palavras, através da razão. A razão e o respeito pelas evidências são preciosas, a fonte do progresso humano e a nossa salvaguarda contra fundamentalistas e aqueles que lucram pela deturpação da verdade.

1. Por muito absurdo que ache o que escreve, ao criticá-lo, fica a ideia de que estarei a exercer uma espécie de “policiamento” do pensamento, quando na realidade pretendo, numa atitude crítica, denunciar uma “doutrina” oca de racionalismo e isenta de seriedade.
Se não formos intelectualmente hipócritas, e se acreditarmos firmemente em algo, seremos os primeiros a desejar testar cuidadosamente tais ideias, pois queremos acreditar nisso por ser verdade e não por ser uma ilusão que só parece plausível na ausência de crítica e exame cuidadoso. [Seria estranho aceitar dogmaticamente algo como verdadeiro e depois concluir que afinal é falso.]
A evolução e respectivas teorias são baseadas em factos concretos e resultados de estudo, e em nenhuma altura se arrogam de completas, e é por aí que o “criacionismo” constantemente ataca. Como algo só pudesse ser verdade se fosse absoluto, que é algo que o “criacionismo” se arroga.
Vocês têm toda a liberdade de expressão para dizerem disparates, o que não têm é o mínimo direito de impor os vossos disparates aos outros! Aceitar que fomos criados por um ser supremo que não conseguimos explicar é um delírio que cada um deve manter para si próprio. Optar pelo argumento circular é o mesmo que discutir se a Terra é redonda ou se as enfermidades são castigos divinos.

2. Não sendo crente, considero a religião como uma tentativa de impormos a nossa visão sobre Deus a outra pessoa, e jamais aceitaria as contradições de uma ideologia suportada por “dogmas” que me obrigaria a confessar que sendo “Deus” perfeitamente bom, teria ainda assim criado um mundo que inclui dor, injustiça, fome e morte.

Sabemos ambos, que a supressão da verdade é considerada uma virtude para a aplicação da “doutrina”… como tal, é natural que as suas limitações não ultrapassem os textos seleccionados por conveniência, de apenas quatro evangelhos, (canónicos) … porque os outros, (apócrifos) – em número bastante superior –, … até serão divergentes, senão comprometedores …
Ireneu, presbítero de Lyon (180dC) – aquele que com os seus seguidores se auto proclamou guardião da única fé verdadeira; o mentor dos [“pensadores correctos”] cristãos ortodoxos; o arquitecto da igreja [“universal”] católica, que refutava como heresias todas as outras concepções –, queixava-se da existência de bastantes mais evangelhos… que recentes descobertas – no Mar Morto e em Nag Hammadi –, vieram confirmar e esclarecer…

Disponível para o debate sugeria começarmos pelo poderoso arcebispo Atanásio de Alexandria – o mesmo que ordenou a purga de todos os livros apócrifos –, e que em 367d.C. compilou uma lista de obras – ratificada em 393 d.C pelo Sínodo da Igreja em Hippo e novamente quatro anos mais tarde pelo Sínodo de Cartago –, do que viria a ser a Bíblia.
Poderemos argumentar sobre o fragmento em falta no Evangelho de Marcos – que teria sido propositadamente suprimido –, descoberto em 1958 pelo professor Morton Smith da Universidade de Columbia, num mosteiro perto de Jerusalém.
Ou se preferir poderemos comentar sobre a carta descoberta junto desse mesmo fragmento, endereçada pelo Bispo Clemente de Alexandria a um tal de Teodoro, cujo conteúdo fascinou a comunidade científica pela sua filosofia: “Se o nosso oponente por acaso disser a verdade, devemos negá-la e mentir para o refutar.”
Mas se preferir, poderemos começar pelo Concílio de Niceia onde a burocracia da igreja estaria mais preocupada com a sobrevivência da instituição do que com a fé e as almas dos crentes…e onde a teologia terá sido escrita sob o toque aguçado da espada.

Poderemos “discutir” também o Jesus da história, assim como o Cristo da fé. O rei dos judeus ou o filho do carpinteiro. Bem como todo o esoterismo e misticismo envolvente.
Poderemos também reflectir sobre as vertentes filosóficas á interpretação da frase cuja autoria é atribuída a Jesus: [“…e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará…”]

Pelas minhas leituras – [e terei recuado até onde diz: “…no início era o “caos”, uma informe e confusa massa, mero peso morto, contudo jaziam latentes as sementes das coisas…”, bastante antes do tempo em que Deus era “Mulher”] … è questão de abrir o debate.

3. Ao professar esse tipo de idolatria – a “verdade” suportada por dogmas (inquestionáveis e convenientes) –, de forma tão explícita, é conivente –, com a forma como a irracionalidade religiosa tem muitas vezes colocado obstáculos para o melhoramento da humanidade, e que acreditar “… que por vezes é desígnio de Deus sacrificar os inocentes para testar os fieis…”, é uma barbaridade do tamanho do mundo.
As suas convicções e opções são-me indiferentes, ser “escravo da superstição” é um problema que terá que suportar

4. Uma leitura mais atenta e verá que jamais ataquei directamente quem quer que seja, somente as ideologias. Interpretar de outra forma é ser intelectualmente desonesto.

Saudações

Vitor Mota disse...

Começo pelo fim.
Diz que não ataca ninguém directamente mas afirma:
"Aceitar que fomos criados por um ser supremo que não conseguimos explicar é um delírio que cada um deve manter para si próprio."

Se classifica os muitos milhões de cristãos de estarem a viver em delirio e considera não ser um ataque directo, então nunca poderemos dialogar de forma razoável, porque à partida não está sequer a considerar-nos como pessoas mentalmente sãs e portanto qualquer resposta que apresente em relação ao que afirma, irá sempre considerar que é fruto de um mente delirante.

Acha justo e honesto?

Tinoca Laroca disse...

Não me dei ao trabalho de ler as polémicas...
quanto ao texto: AMEN!
"DEIXANDO AS COISAS QUE PARA ATRÁS FICAM E SEGUINDO PARA AS QUE ESTÃO ADIANTE...", dizia Paulo já com sabedoria...
de resto, a BIBLIA é a FONTE da SABEDORIA, é lá que vou encontrar ESTUDO e CAMINHO...

GOD BLESS YOU.

T.

Tinoca Laroca disse...

ps: A CIÊNCIA tem por BASE a FÉ, porque um cientista nunca se consegue desligar das suas crenças... e crença é... FÉ.

e FÉ é...
INEXPLICÀVEL...
tal como...

DEUS.

T.

Vitor Mota disse...

Tinoca,
desculpa mas discordo da tua afirmação.
Se a ciência se baseasse na fé não a poderíamos explicar ou comprovar e como professor de ciência quero poder explicar aos meus alunos os factos e as explicações ciêntíficas. Mas a fé, apesar de ser inexplicável, também pode servir-se do que a ciência afirma e por isso é que os cientistas, com base na suas crenças ou não, têm interpretações diferentes dos factos científicos.

A ciência não se baseia na fé mas também não é incompatível com ela.

Jorge Oliveira disse...

Gostei da ilustração da bicicleta.
Quanto ao resto... são apenas "pneus furados", sem ar; e como alguns de nós sabemos uma bicicleta não vai bem, nem chega a parte nenhuma com os pneus furados.

Abraços