Ora, o actual governo, assim com os anteriores, optaram, a certa altura, por avançar com a construção do futuro aeroporto na Ota. Esta decisão, foi bastante contestada ao longo de 2007. O governo, e o ministro das obras públicas, fez o seu trabalho de defender essa decisão. Por vezes fê-lo mal ("Na margem Sul, jamais!) e talvez por isso, decidiu no ano passado solicitar ao LNEC um estudo profundo e comparativo das duas possibilidades de localização.
O estudo concluiu que havia mais factores a indicarem como melhor localização o Campo de Tiro de Alcochete em vez da Ota pelo que, de forma sensata, o governo mudou a sua decisão anterior e segue o parecer do estudo.
No entanto, parece que só um partido elogiou esta atitude. Os restantes, ou condenaram o recuo, acusando o 1º ministro de não ter palavra, de estar fragilizado, ou pediram a demissão do ministro.
Eu pergunto, se o governo não tivesse recuado na decisão, não iriam também criticá-lo, ainda de forma mais veemente, por não demonstrar abertura aos argumentos dos outros, por ser arrogante, seguindo uma decisão que poderia levar à construção de um "elefante branco"?
Efectivamente, este governo tem agido muitas vezes sem mostrar sensibilidade, abertura aos argumentos dos outros e um conhecimento profundo da realidade dos contextos. (A educação que o diga!). No entanto, desta vez e na minha opinião, o governo esteve bem e tomou uma decisão seguindo uma linha de forma coerente e lógica.
Esta forma de se fazer política, faz-me pensar se não será de alguma forma transportada para as nossas Igrejas. Quem lidera, quem governa tem o dificil papel de tomar decisões, de agir, de motivar os outros num caminho a seguir.
No entanto, grande parte das vezes, parece que os líderes têm mais pessoas na oposição, criticando sempre tudo, sem autoridade porque não fazem nada, do que pessoas ao seu lado, ministros de Deus prontos para agirem, prontos para trabalharem, prontos para tomarem as melhores decisões e se for preciso, prontos para mudarem as suas decisões se isso for em benefício do corpo de Cristo.
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