Sem dúvida que a frase: "Dá-me o telemóvel Já!" está a marcar o debate público sobre o estado da educação. Piores do que esta foram e serão ditas mas pelo menos a sociedade começa a perceber melhor o que custa ser professor nos dias actuais.
A escritora Alice Vieira escreveu que esta é a geração do ecrã. Diz ela sobre a violência:
"Isto tem a ver com a espécie de geração que estamos a criar. Há anos que as nossas crianças não são educadas por pessoas. Há anos que as nossas crianças são educadas por ecrãs. E o vidro não cria empatia. A empatia só se cria se, diante dos nossos olhos, tivermos outros olhos, se tivermos um rosto humano. E por isso as nossas crianças crescem sem emoções, crescem frias por dentro, sem um olhar para os outros que as rodeiam."
http://jn.sapo.pt/2008/03/30/opiniao/a_geracao_ecra.html
Não só por isto mas por muito mais, que as Igrejas, no seu trabalho pessoal com adolescentes e jovens, têm um papel relevante na mudança que tem de ocorrer.
Igreja, aproveita a geração do ecrã!
2 comentários:
Amén!
Após a leitura de opiniões, criticas e comentários sobre “o tema da moda” (leia-se violência nas escolas) é lamentável constatar que os portugueses em vez de educarem e formarem os seus filhos, preparando-os assim para o futuro, optaram por criar monstros, autênticas bestas capazes de espectáculos de sangue em que a violência é arte e a tortura é cultura.
Resta-me o consolo de poder optar por não perder a oportunidade de me juntar a este coro de moralistas e gritar também, com irrepreensível afinação, que no meu tempo não era nada assim (nem telemóveis havia).
Assim sendo, continuarei na dúvida em definir algumas atitudes inocentes (angélicas até) como aquela em que alguns professores são pressionados (senão coagidos), em conselhos de turma, a atribuírem nota negativa a alunos cujo único pecado foi os progenitores (esses bárbaros) terem-se insurgido contra o conselho pedagógico por alegados abusos de poder.
Claro que qualquer semelhança a “vendetta” é pura coincidência.
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