Ontem, tive uma discussão, saudável, com a minha esposa sobre como devemos aplicar o príncípio de vida de dar o "dízimo" a Deus. Como dar o dízimo do tempo, por exemplo?
Lembrei-me que o Senhor, depois de 6 dias de trabalho de criação, descansou e santificou o 7º dia. Com os dez mandamentos, Deus instituiu o princípio de separar o 7º dia para descansar, porque era o "sábado" do Senhor (Ex.20:10,11). É interessante pensar que 1/7 equivale a cerca de 15% e portanto, parece-me que Deus quer que separemos para Ele, em relação ao tempo, mais do que o tradicional valor mínimo de 10% respeitante ao dízimo dos bens materiais.
A Bíblia diz que: "Ao Senhor pertence a terra e tudo o que nela se contém" (Sl.24:1), "Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos exércitos" (Ageu 2:8) e que nós não somos de nós mesmos, mas do Senhor (I Cor.6:19,20).
Embora sendo menos praticado nos dias actuais, continuo a crer na importância de dar ao Senhor, ou melhor dizendo, de devolver ao Senhor uma parte daquilo que Ele nos deu, particularmente do nosso sustento ou lucro. Mas em relação ao tempo que Deus nos dá, como devemos geri-lo?
Podemos não concordar que o descanso seja dízimo porque não estamos a dar nada a Deus mas sim a nós! No entanto, parece-me que o 4º mandamento foi instituído para que o homem realmente descansasse do seu trabalho mas ao mesmo tempo dedicasse esse tempo ao Senhor, meditando n'Ele, adorando-O. E não é esse o propósito do domingo actualmente para a maioria dos cristãos? Sim creio que é.
De qualquer modo salvaguardo-me dizendo que não considero que o dia específico de domingo seja o mais importante. O mais importante é separar um dia para o Senhor, o dia que realmente seja para Ele e também para nosso descanso.
Mas vamos imaginar que somos gerentes de um negócio, que supostamente poderia funcionar todos os dias do ano. Fazendo isso poderíamos tirar um valor de lucro elevado e portanto dando só 10% desse lucro ao Senhor, seria um valor considerável, para o Senhor!
No entanto poderíamos optar também por seguir o princípio de separar-mos para o Senhor o dízimo do tempo e o negócio só funcionar 85% do tempo (seguindo o princípio de um dia de descanso por cada semana). Realmente iríamos, talvez, ter menos lucro e consequentemente menos dízimo para dar.
Qual das opções parece mais aceitável diante de Deus?
O que é mais importante para Deus? O lucro ou a nossa vida?
Ou será que há também outros factores importantes a considerar?
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